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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Especial – 10 Tendências de Sustentabilidade para RH

Tendência 1: Abordagem estratégica

Assegurar que uma abordagem sustentável de colaboradores
seja parte da estratégia de negócios
“O verdadeiro papel do profissional de Recursos Humanos é ajudar a converter os impactos de sustentabilidade de uma organização ‘nos’ empregados para impactos ‘de’ empregados.” A afirmação é de Elaine Cohen, executiva sênior de RH, em seu livro: CSR for HR: A necessary partnership for advancing responsible business practices (algo como: Responsabilidade Social Corporativa para Recursos Humanos: a parceria necessária ao avanço das práticas responsáveis de negócios, ainda sem publicação no Brasil). Na prática, esse esforço significa conjugar impactos positivos para/sobre os colaboradores com impactos positivos de sustentabilidade que possam ser também gerados pelos colaboradores.
Para a especialista, a empresa deve gerenciar os funcionários de modo sustentável, visando ao seu bem-estar, promovendo saúde e segurança, equilíbrio trabalho-vida, diversidade e inclusão, igualdade de gênero, recompensas justas, salário digno, promoção de desenvolvimento, comunicações internas positivas, diálogo aberto e envolvimento com a comunidade.
Por outro lado, o RH deve atuar para que todos os colaboradores se conscientizem de como suas funções/atribuições impactam a agenda de sustentabilidade. Como eles estão em contato cotidiano com diferentes partes interessadas interna/externamente, cada um precisa compreender muito bem os princípios de sustentabilidade e aplicá-los em cada ação/interação. “O desafio é modificar as práticas de gestão de pessoas, fazendo com que cada decisão de RH seja tomada sob a perspectiva mais ampla das partes interessadas”, diz Elaine.
O desafio da sustentabilidade suscita, portanto, não apenas a necessidade, mas também a oportunidade de colocar o setor de RH no centro das principais tomadas de decisão e do desenvolvimento e execução da estratégia corporativa, o que conferiria um papel plural para a área. Nesse sentido, os estudiosos do tema identificam várias frentes de atuação para um RH mais atuante e estratégico.
Para Ellen Weinreb, CEO da Weinreb Group – consultoria especializada em rede de fornecedores e sustentabilidade –, a abordagem de temas relacionados ao conceito deve estar arraigada ao próprio negócio. Envolver os funcionários nessa abordagem é uma tarefa que pressupõe comunicar bem os valores e a missão da própria companhia. Para o gestor de RH, um desafio central consiste em identificar os inputs de sustentabilidade mais afinados com a estratégia do negócio, apresentando-os tanto nos comitês de diretoria quanto para todos os stakeholders.

Tendência 2: Educação/Desenvolvimento de Competências

Exercer papel decisivo no desenvolvimento de competências (conhecimento, habilidades e atitudes) para a sustentabilidade

É fundamental, para o líder de RH, construir um nível básico de instrução, colocando todos os colaboradores “na mesma página”. Para tanto, todos devem estar conectados, alinhados e habilitados a implantar as estratégias e os objetivos de sustentabilidade definidos pela empresa. E isso se dará mediante a inserção do elemento sustentabilidade no modelo de competências. Competências moldam expectativas de comportamento que, por sua vez, determinam o desempenho.
Dentre as competências essenciais baseadas em sustentabilidade, vale destacar, entre outras, o domínio de conceitos básicos, o pensamento sistêmico e de longo prazo, a noção de interdependência entre os sistemas produtivo, social e ambiental, a escuta ativa e a capacidade de colaboração. Portanto, não se deve ter uma “competência” denominada sustentabilidade. Mas um conjunto delas fundadas na missão, visão e valores de sustentabilidade da companhia.
Um levantamento da consultoria canadense Strandberg reforça essa avaliação, afirmando que, durante a orientação do processo de inclusão do colaborador na companhia, o elemento educação já deve estar presente. “Os funcionários precisam receber um resumo claro do desenho formado pela visão, missão e objetivos de sustentabilidade da companhia e esse posicionamento deve ser apresentado para todos os níveis dos novos colaboradores. Precisam ser orientados, desde o início, sobre os compromissos e políticas de sustentabilidade da empresa, sobre os dados do relatório anual de sustentabilidade, como ela mensura os seus resultados, e como eles podem aprofundar o seu conhecimento a respeito do tema”, conclui. Ainda de acordo com o estudo, uma vez introduzidos, os colaboradores devem receber treinamento regularmente, pelo menos uma vez por ano.
É importante, ainda segundo a Strandberg, manter-se uma perspectiva probatória. O momento de treinamento ou integração é ideal para alinhar o funcionário e ressaltar a importância de se comprometer com as metas sustentáveis da organização. Sendo o gestor o principal porta-voz das mensagens e objetivos, seu papel é fundamental. A consultoria recomenda incorporar medidas simples, como, por exemplo, promover os valores da companhia em todos as situações e ambientes de treinamento, integrando a dimensão do resultado além do bottom line em todos os programas.
“Os gestores de RH entendem a relação ganha-ganha do funcionário com plano de carreira e sucessão, particularmente para os indivíduos de alta performance. Funcionários estimulados a avançar em suas carreiras são mais motivados, leais e mais produtivos. Para a organização conferir as melhores oportunidades de indivíduo crescer na própria companhia, ela deve oferecer treinamento específico relacionado aos papéis de liderança. Quantos mais e melhor inserir a sustentabilidade nos seus esforços de de desenvolvimento, mais lideranças focadas nos objetivos socioambientais a companhia terá.”
Segundo a consultora americana Ellen Weinreb, considerando a relevância atual do conceito, a sustentabilidade precisa necessariamente constar da job description de todos os funcionários. Em artigo publicado no site GreenBiz, ela afirma que “se você deseja incorporar a sustentabilidade em uma empresa, deve ter uma abordagem sistêmica sobre o modelo de competências existente”, inserindo objetivos e metas sustentáveis no trabalho de cada um dos colaboradores.

Fonte: Ideia Sustentável

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