De acordo com o SAD de fevereiro, divulgado nesta sexta-feira pelo Imazon, houve um aumento de 195% nos alertas de desmatamento na Amazônia Legal para o mês
No início de abril ativistas do Greenpeace protestaram contra o desmatamento em uma área recém destruída em Roraima. (©Greenpeace/Marizilda Cruppe) |
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou hoje os resultados de seu Sistema de Alertas de Desmatamento na Amazônia Legal (SAD) de março e os números, infelizmente, confirmam a tendência de aumento do desmatamento.
De acordo com o SAD, mesmo com uma cobertura de nuvens 5% maior que no mesmo mês do ano passado, os satélites identificaram indícios de desmatamento em uma área de 5.800 hectares, número 195% maior que o registrado pelo sistema em março de 2014.
A tendência de desmatamento na Amazônia também foi verificada pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real do Inpe (Deter), usado como indicador oficial pelo governo, que registrou para o mês de janeiro de 2015, em especial, a maior área com alertas de desmatamento dos últimos 5 anos para o mês.
Considerando o desmatamento acumulado dos últimos sete meses, de agosto de 2014 a março de 2015, a situação é pior ainda., Neste período foram detectados alertas de desmatamentos em uma área de 1.761 km², o que representa um aumento de 214%, em relação a igual período do ano anterior. Os estados que apresentaram o maior número de alertas foram Mato Grosso, seguido pelo Amazonas.
Na última semana o Greenpeace esteve em Roraima para protestar pelo fim do desmatamento no Brasil. A área escolhida para a atividade foi identificada a partir de alertas de desmatamento apontados pelo SAD, em fevereiro, e seguido de monitoramento de campo realizado pelo Greenpeace. Nesse caso os alertas apontados estavam de fato se concretizando em desmatamento no campo.
A Amazônia brasileira já perdeu uma área maior que 760.000 km², tamanho que corresponde à três estados de São Paulo. O Brasil já dispõe de áreas abertas que podem e devem ser melhor utilizadas. As florestas são essenciais na regulação do clima e parte vital do ciclo da água, sem floresta não tem água. Enquanto a destruição segue na Amazônia, o sudeste passa pela pior crise hídrica da história. Até quando insistiremos no erro do desmatamento?
“A ciência vem nos mostrando que as florestas são essenciais tanto para o planeta, como para o futuro do Brasil. Ao permitir o desmatamento da Amazônia, o governo coloca em risco inclusive a produção de alimentos do País”, afirma Cristiane Mazzetti, da campanha Amazônia do Greenpeace.
É sabendo dessa importância que mais de 1,1 milhão de brasileiros se juntaram ao movimento pelo fim do desmatamento no Brasil, que quer levar ao Congresso Nacional um projeto de lei que impeça novos desmatamentos, e falta pouco para chegar lá, a floresta não pode esperar. Participe desse movimento, salve as florestas. Assine pelo Desmatamento Zero.
Fonte: Greenpeace
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