A relação entre crianças, horta e alimentação saudável

Pesquisa revelou que o contato direto com hortas e cozinhas pode ter impacto de longo prazo sobre as escolhas saudáveis dos alimentos dos pequenos. O resultado, baseado em um estudo em que crianças completaram um programa de dois anos, mostrou que é imprescindível este tipo de contato com a comida para que os pequenos estimulem a vontade própria de se alimentarem bem.

“Nós queremos, de verdade, estabelecer essa forte base de evidências de que estes tipos de programas são eficazes. Com isso, espero direcionar algumas mudanças políticas pela introdução da educação alimentar nas escolas do país”, disse Derek Hersch, um dos responsáveis pela pesquisa que aconteceu nos EUA. “Desta forma, podemos projetar um programa que necessita de recursos mínimos, transferindo conhecimento para todas as escolas, independente do bairro e das condições financeiras. Este é um tipo de modelo que tem como base a saúde pública e o acesso deve ser expandido a todos”, completou.

Dados mostram que crianças estadounidenses, entre 6 e 11 anos, têm taxa de obesidade de 18% – mais que o dobro do que era em 1980. A taxa de obesidade tem sido atribuída, em parte, pelo menor número de refeições preparadas em casa. No Brasil, os números também não são animadores: a obesidade atinge 14,2% das crianças entre cinco e nove anos . Junto com o sedentarismo, a má alimentação desponta como uma das principais causas desse cenário.

Aqui no Brasil, dois exemplos onde os primeiros contatos com a alimentação começam desde cedo são a Escola Agroecológica Sítio Esperança e a Escola Amigos do Verde. Nestes lugares, as crianças alimentam-se com ingredientes orgânicos e iniciam uma relação muito próxima com a comida, pela tarefa do plantar.


Plantar sementes dentro dos pequenos para colher adultos com uma consciência alimentar mais prudente e saudável é a melhor produção que o mundo pode receber.


Fonte: Comendo com os olhos.