Assim, ela se alinha a uma tendência que, no mundo das passarelas, é chamada de moda sustentável.
Rodrigo Rodrigues

Entre os expoentes do segmento estão dois profissionais nascidos no Rio Grande do Sul: Baby Steinberg, hoje no Canadá, e Oskar Metsavaht, que
mora no Rio. Ambos trabalham com materiais que vão da juta ao algodão
orgânico. Além deles, Brasil afora desponta mais gente com ideias
semelhantes, como o mineiro Ronaldo Fraga e o pernambucano Melk Z-Dae. No exterior, o maior ícone é Stella McCartney (filha do beatle Paul), aclamada por unir, em suas coleções, ecologia e beleza — o que não é fácil.
Rodrigo Rodrigues

Goste-se ou não, e desconsiderados os exageros aceitáveis a um conceito ainda em franca ebulição, parece que a ecofashion chegou
para ficar. Segundo o professor Régis Puppim, do Instituto Federal de
Goiás, a moda sustentável não é uma tendência passageira, como foram,
por exemplo, as calças boca de sino, que duraram alguns anos,
especialmente na década de 70, mas depois acabaram caindo em desuso.
"Precisamos pensar em uma cadeia produtiva também quando o assunto é
roupa, de modo que não se destrua o planeta", diz. Nesse sentido, ele
elogia o trabalho de Lua: "Seus vestidos têm grande potencial de
comercialização. Ela deve continuar investigando".
Rodrigo Rodrigues

Lua
tem dez irmãos e interrompeu os estudos ao completar o 2º grau, o atual
ensino médio. Quando pequena, costurava os vestidos das suas bonecas e,
na adolescência, não gostava de se vestir igual aos outros, criando sua
própria indumentária. Depois de adulta, especializou-se em customização
e ajustes de vestidos de noiva, em ateliês no Plano Piloto. Sua vida
começou a mudar em outubro passado, quando foi chamada para fazer um
desfile beneficente na creche São Vicente de Paula, em sua cidade. Fez
burburinho e, de lá para cá, passou a ser convocada para eventos de
empresas. A agenda lotou, e ela teve de adiar inúmeras vezes os
encontros com o namorado, que vive em São Paulo.
Rodrigo Rodrigues

Ainda
não se mostra satisfeita com seu próprio trabalho — o que não deixa de
ser um bom sinal, num meio em que a criatividade se impõe como
pré-requisito. "Estou trabalhando melhor a minha mensagem", diz a
estilista, um tanto tímida, posando para fotos em frente ao muro de
tijolos aparentes de seu quintal, provisoriamente transformado em
ateliê. Mesmo modesto, ele tem sido visitado por gente importante,
empresários do setor, muitos deles se virando para descobrir onde fica
exatamente a casa da estilista: a numeração do seu condomínio não segue
uma lógica matemática, e nem adianta tentar o GPS do carro, pois o
sistema não localiza o nome da rua. VEJA BRASÍLIA chegou lá. E à revista
a simpática e risonha Lua Guirra deu, então, a primeira entrevista de
sua vida.
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