DESIGN RESPONSÁVEL
Após anos servindo apenas à extração do látex, a seringueira
foi descoberta como uma ótima opção para a marcenaria. Com a visão de
designers renomados, a madeira entra no mercado cheia de qualidades: é
sustentável, resistente e de fino trato
Os
porta-vozes do Projeto Seringueira (da esq. para a dir.): Fernando
Jaeger, Zanini de Zanine, Paulo alves, Jack Fahrer, Sergio Fahrer e
andré Cruz.
Uma ideia de vanguarda, quando bem empregada, costuma mover as pessoas e mudar o mundo. Esse parece o caminho do Projeto Seringueira,
que apresenta a espécie como matéria-prima estreante na produção de
móveis nacional. Fundado por Paulo Alves, os irmãos Sergio e Jack
Fahrer, Zanini de Zanine, André Cruz e Fernando Jaeger, grandes nomes do
design brasileiro atual, o projeto funciona como vitrine para uma descoberta singular da Madeibor, madeireira de Araçatuba, SP.
Encabeçada por Roberto Genova, falecido em 2013, aos 75 anos, a empreitada consumiu cinco anos de testes e pesquisas até se concretizar. Dotado de um olhar visionário, o engenheiro químico trabalhou durante décadas com extração de látex e, indignado com o descarte desatento dos troncos porosos (normalmente destinados a se tornarem lenha), engajou-se até encontrar um processo de secagem das toras capaz de viabilizar seu emprego na construção, na arquitetura e no mobiliário. "No final do ano passado, a empresa me procurou para mostrar essa espécie incrível e suas possibilidades, pouco conhecidas", conta Paulo Alves.
Ciente do que tinha em mãos, Paulo se animou e convocou colegas para testar as propriedades da seringueira. Logo surgiram seis peças, entre bancos e mesas. "É uma madeira fácil de trabalhar, maleável e, ao mesmo tempo, resistente. Ao natural, tem coloração clara - vai do branco ao rosê -, o que permite o tingimento", explica Sergio Fahrer, um dos embaixadores do design responsável.
Tamanho ineditismo, portanto, surpreende. "A falta de interesse, tecnologia e preocupação sustentável em reutilizá-la atrasou a viabilidade. Além disso, as árvores têm um ciclo de 30 anos voltado para a produção de borracha, e é preciso esperá-lo para o corte", diz Soraia Genova, nora do senhor Roberto e diretora da marca.
Encabeçada por Roberto Genova, falecido em 2013, aos 75 anos, a empreitada consumiu cinco anos de testes e pesquisas até se concretizar. Dotado de um olhar visionário, o engenheiro químico trabalhou durante décadas com extração de látex e, indignado com o descarte desatento dos troncos porosos (normalmente destinados a se tornarem lenha), engajou-se até encontrar um processo de secagem das toras capaz de viabilizar seu emprego na construção, na arquitetura e no mobiliário. "No final do ano passado, a empresa me procurou para mostrar essa espécie incrível e suas possibilidades, pouco conhecidas", conta Paulo Alves.
Ciente do que tinha em mãos, Paulo se animou e convocou colegas para testar as propriedades da seringueira. Logo surgiram seis peças, entre bancos e mesas. "É uma madeira fácil de trabalhar, maleável e, ao mesmo tempo, resistente. Ao natural, tem coloração clara - vai do branco ao rosê -, o que permite o tingimento", explica Sergio Fahrer, um dos embaixadores do design responsável.
Tamanho ineditismo, portanto, surpreende. "A falta de interesse, tecnologia e preocupação sustentável em reutilizá-la atrasou a viabilidade. Além disso, as árvores têm um ciclo de 30 anos voltado para a produção de borracha, e é preciso esperá-lo para o corte", diz Soraia Genova, nora do senhor Roberto e diretora da marca.
Fonte: Planeta Sustentável
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